Por AE, Agencia Estado, Última atualização: 17/12/2009 10:48
A negociação de um novo acordo climático foi retomada hoje em Copenhague pouco depois de a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, ter proposto que os países industrializados levantem US$ 100 bilhões por ano até 2020 para um fundo destinado a ajudar as nações pobres a combaterem os efeitos do aquecimento global. "Eu diria o seguinte: segurem firme e fiquem de olho na porta, pois o bonde está andando novamente", afirmou o secretário-executivo da Convenção-Quadro da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas, Yvo de Boer.
De acordo com ele, os negociadores voltaram ao trabalho e dois grupos foram designados para elaborar dois textos diferentes, um deles baseado no Protocolo de Kyoto, sobre os compromissos dos países industrializados, e outro que inclua os EUA e as nações em desenvolvimento. A proposta de Hillary vem à tona em um momento no qual negociadores de mais de 190 países promovem os últimos esforços em busca de um acordo durante a conferência climática promovida pela ONU.
Horas depois de chegar a Copenhague, Hillary disse que o plano envolveria dinheiro público e privado. A quantia sugerida por Hillary está bem acima do inicialmente proposto pelos países ricos. A chanceler norte-americana disse, no entanto, que os EUA participarão desse fundo somente se todas as grandes economias do mundo se ativerem a uma série de condições, entre elas a redução transparente e verificável das emissões de gás carbônico. "Se não houver compromisso de transparência em alguma escala, não haverá acordo", afirmou. "Cem bilhões de dólares é muito dinheiro. Isso pode proporcionar efeitos tangíveis."
Chefes de Estado
A 15ª Conferência nas Nações Unidas para o Clima (COP-15) termina amanhã. Representantes de 193 países negociam um novo acordo global para fazer frente às mudanças climáticas. A expectativa inicial era que um eventual pacto pudesse ser selado amanhã, quando cerca de 120 chefes de Estado e de governo estarão reunidos em Copenhague.
Porém, essa perspectiva vem sendo frustrada pela persistente falta de consenso entre os países industrializados e as nações em desenvolvimento em relação às metas de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa e ao financiamento de programas para que os países pobres possam enfrentar os efeitos do aquecimento global. As informações são da Dow Jones.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
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